A história da Damascene Wines é, acima de tudo, uma jornada de encontros — entre pessoas, paisagens e propósitos. Fundada na África do Sul por Jean Smit, enólogo renomado com passagem marcante pela Boekenhoutskloof, e o Canadense David Curl, ex-proprietário do Château Gaby, em Canon-Fronsac, Bordeaux, a vinícola surgiu do desejo comum de produzir vinhos que traduzissem a essência desses terroirs extraordinários.

O nome Damascene remete à expressão “damascene moment” — uma revelação súbita, uma virada de chave. E de fato, cada vinho da vinícola representa um momento revelador sobre o solo, o clima e as pessoas que cuidam da terra. Desde o início, Jean e David se propuseram a viajar por diversos cantos da África do Sul em busca de single vineyards — das encostas de Swartland, aos ventos de Elgin, das pedras de Stellenbosch, às montanhas de Cederberg. O projeto é, portanto, múltiplo, mas com um fio condutor: vinhos de precisão, pureza e transparência.

Jean Smit comanda a vinificação com foco em mínima intervenção, respeitando o tempo de cada parcela e extraindo o máximo da identidade de cada terroir. Trabalha com fermentações espontâneas, uso comedido de carvalho, extrações suaves e, acima de tudo, com um olhar profundo sobre a textura e o frescor dos vinhos.

Em poucos anos, Damascene passou de um projeto audacioso a um nome central na nova elite dos vinhos sul-africanos. Seus rótulos figuram entre os mais bem pontuados do país em publicações como Tim Atkin MW, Platter’s Guide e Wine Advocate. Mais do que notas, porém, Damascene conquistou corações — pela sua narrativa coerente, pela delicadeza na taça e pelo respeito a essa terra ancestral e mágica.