A uma hora de carro a leste de Paris, é uma das mais orgulhosas e dedicadas regiões da França a produzir um tipo de vinho específico e muito especial. Os champenois – os habitantes de Reims, Épernay e as aldeias que pontilham a paisagem campestre da região sabem que só eles podem produzir o vinho espumante mais famoso do mundo!

Combinação para o sucesso

É uma combinação de fatores que torna possível todo sucesso dos vinhos de champagne: o fato da região estar tão ao norte quanto as vinhas podem ser cultivadas comercialmente na França, o que é excelente para o ciclo e desenvolvimento das vinhas; uma alta proporção de solos calcários que estimulam as raízes a se aprofundarem; não faltam porões frios, escuros e úmidos para as caves; e uma clara vantagem histórica no jogo de relações públicas do vinho, uma vez que historicamente o champanhe se consagrou como o vinho de celebração por excelência, com todo o seu glamour que o torna único!

Um vinho que é, em sua maioria, essencialmente leve e branco, o champagne é feito de uvas predominantemente tintas. Menos de 30% dos 34.000 ha de Champagne densamente plantadas são da uva branca Chardonnay (que se desenvolve melhor na Côte des Blancs ao sul de Épernay).

A uva tinta Pinot Noir é plantada em quase 40% dos solos dos vinhedos (com maior destaque em Reims e Epernay) e a terceira variedade principal da região, com cerca de um terço das vinhas, é a Pinot Meunier, uma parente mais frutada e de maturação precoce da Pinot Noir (que cresce mais regularmente por todas as partes da região).

Região

A região de Champagne também produz vinhos tranquilos secos e marcadamente ácidos, a maioria deles incluídos na denominação Coteaux Champenois, que podem ser brancos ou tintos, e o rosé des Riceys também é uma especialidade local.

Embora a maioria dos bebedores de champanhe não franceses associe champanhe a um punhado do que são essencialmente marcas maiores, na verdade 90% de todas as uvas de champagne são cultivadas por mais de 19.000 pequenos proprietários, cujo vinhedo médio tem apenas 2 ha.

Por mais que a maioria dos produtores venda suas frutas diretamente para uma cooperativa ou para uma das casas grandes, um número crescente de pequenos vinicultores que produzem os seus próprios champagnes são cada vez mais populares no mercado francês e mundial.

O champanhe é muito diferente de qualquer outro vinho fino, pois sua existência depende normalmente da necessidade do blend entre os tipos de uva produzidos na região. Isso ocorre principalmente porque tão longe do equador, o caráter de cada safra pode variar muito.

Com exceção do Blanc de Blancs e Blanc de Noirs, todos os champanhes são em sua maioria, combinações mais ou menos criteriosas de todas as três principais variedades de uvas da região, aonde a Meunier aporta exuberância e jovialidade, Pinot Noir traz corpo e Chardonnay dá uma espinha dorsal.

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